Quando as lentes do olhar renovam os horizontes, tudo que parece o mesmo, pode vir a ser diferente.

21 outubro 2014





A fuga
No mar revolto que é a vida
todo motivo real ou nâo
choca e nos coloca diante
de versos,rimas e espadas
e esgrimas invisiveis nos tocam o corpo.

Arcos flechas,placas,setas
expulsam e norteiam destinos pontiagudos
onde as chagas dos corpos
sufuram e putrefam sem socorro
algum.
Ainda não chegou a meia noite,
mas almas penadas e lobisomens
caminham entre nós,
cadeias e quartos são abertos
e inicia-se a fuga em direções ignoradas
como a buscar abrigo em lúgubres paragens
nessa brincadeira de céu e inferno
até que chegue nossa vez
e saimos no encalço do destino
até chegue o primeiro raio lilás da aurora.
(Adaury Rocha)